X
X
X
X
Voltar ao topo

“Esperamos que quando o pediatra vir os achados físicos, e se o radiologista solicitar algumas radiografias, [que] eles possam dizer que essas vértebras não têm aparência normal [e] essa criança deve ser encaminhada ao geneticista.” – Dr Harmatz

O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para pacientes com MPS

A genética é essencial para o diagnóstico e tratamento a longo prazo da MPS

Mais de meio século de pesquisa, experiência clínica e avanços médicos estão culminando em uma nova era de tratamento multidisciplinar e terapias para pacientes diagnosticados com distúrbios da mucopolissacaridose (MPS). O diagnóstico precoce é mais crítico do que nunca para garantir que os pacientes possam se beneficiar dos avanços no cuidado terapêutico e controle específico da doença.1

  • A idade no diagnóstico para pacientes com MPS varia significativamente, de 6 meses de idade a décadas.

As MPS possuem são um grupo de deficiências enzimáticas expressadas de forma heterogênea, sérias, progressivas, herdadas geneticamente.3-5 As MPS possuem são tipos de distúrbios de armazenamento lisossômico; os pacientes são afetados a nível celular e têm manifestações clínicas multissistêmicas1,4,6

A variabilidade na apresentação e no curso clínico entre as MPS possuem e em cada tipo pode atrasar o diagnóstico de forma significativa.1 Os fatores que causam impacto no reconhecimento e diagnóstico incluem o seguinte7:

  • Idade na manifestação
  • Envolvimento de sistemas de órgãos
  • Taxa de progressão da doença
Os pacientes com MPS podem apresentar atrasos significativos no diagnóstico, o que pode alterar drasticamente os resultados dos pacientes.2

O diagnóstico precoce depende do reconhecimento precoce

Os pacientes com MPS de progressão lenta podem facilmente continuar sem o diagnóstico—a familiaridade com o espectro clínico completo é essencial para o diagnóstico precoce e preciso

Independentemente do cenário clínico, há sinais evidentes e geralmente observáveis que devem despertar sua suspeita. Mediante exame adicional, a sintomatologia adicional pode ser descoberta por meio de avaliações clínicas direcionadas específicas da especialidade, achados laboratoriais e histórico do paciente. Essa divisão é ilustrada abaixo.

Sinais e sintomas da MPS1-4,8-21

Musculoesquelético

Características gerais

  • Marcha anormal
  • Displasia óssea
  • Contratura das mãos em forma de garra
  • Características faciais grosseiras
  • Dor articular
  • Macrocefalia
  • Pectus carinatum
  • Resistência reduzida/intolerância a exercícios
  • Baixa estatura/retardo do crescimentoa

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Marcha anormal
  • Deformidades ósseas
  • Disostose múltipla
  • Geno valgo
  • Envolvimento articular (contraturas, frouxidão ligamentar) sem inflamação
  • Subluxação da coluna

Reumatológico

Características gerais

  • Mobilidade articular reduzida
  • Rigidez e dor no quadril
  • Dor articular
  • Rigidez ou frouxidão articular

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Síndrome do túnel do carpo
  • Envolvimento articular sem edema articular nem lesões ósseas erosivas

Otorrinolaringologia

Características gerais

  • Perda auditiva condutiva e/ou neurossensorial
  • Aumento da língua
  • Otite média recorrente

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Epiglote anormal
  • Ponte nasal deprimida
  • Hipertrofia da adenoide
  • Hipertrofia das tonsilas
  • Muco no ouvido médio
  • Estreitamento da via aérea supraglótica e intraglótica
  • Malformação ossicular
  • Rinorreia recorrente e excessiva
  • Otite média recorrente
  • Espessamento/compressão traqueal
  • Obstrução tubular
  • Espessamento da membrana timpânica

Oftalmológico

Características gerais

  • Catarata
  • Opacidade corneana difusa
  • Glaucoma

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Ambliopia
  • Opacidade corneana com aparência característica de “vidro fosco”
  • Hipermetropia alta
  • Hipertelorismo
  • Anormalidades do nervo óptico (inchaço e atrofia)
  • Vascularização periférica da córnea
  • Pseudo-exoftalmia progressiva
  • Redução na acuidade visual
  • Retinopatia
  • Estrabismo

Neurológico

Características gerais

  • Anormalidades comportamentais (normalmente não presentes na MPS IVA e VI)
  • Atraso no desenvolvimento (normalmente não presente na MPS IVA e VI)
  • Comprometimento auditivo
  • Convulsões (normalmente não presente na MPS IVA e VI)

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Cistos aracnoides (normalmente não presentes na MPS IVA e VI)
  • Atrofia cerebral (normalmente não presente na MPS IVA e VI)
  • Síndrome do túnel do carpo
  • Compressão/mielopatia/subluxação da medula espinhal
  • Aumento dos espaços perivasculares
  • Hidrocefalia
  • Displasia odontoide
  • Paquimeningite cervical
  • Papiledema/atrofia óptica
  • Surdez neurossensorial
  • Anormalidades da intensidade de sinal
  • Estenose do canal espinhal
  • Ventriculomegalia

Cardiovascular

Características gerais

  • Resistência reduzida/intolerância a exercícios

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Hipertensão pulmonar
  • Válvulas mitrais ou aórticas espessadas, regurgitantes ou estenóticas na presença de hipertrofia do ventrículo esquerdo
  • Regurgitação tricúspide

Pulmonar

Características gerais

  • Resistência reduzida/intolerância a exercícios
  • Apneia do sono

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Vias aéreas superiores e inferiores obstruídas (estreitamento dos brônquios, estreitamento da via aérea supraglótica e intraglótica)
  • Redução progressiva no volume pulmonar
  • Infecções respiratórias
  • Distúrbios do sono (síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono e síndrome de resistência da via aérea superior)

Gastrointestinal

Características gerais

  • Dor abdominal
  • Constipação
  • Hepatoesplenomegalia
  • Hérnias
  • Fezes moles

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Hepatoesplenomegalia

Odontológico

Características gerais

  • Superfície bucal anormal
  • Dentinogênese imperfeita
  • Hipodontia
  • Cúspide aguda
  • Incisivos em forma de pá
  • Esmalte fino

Características reveladas por avaliação específica da especialidade

  • Superfície bucal anormal
  • Esmalte fino

aEnvolvimento esquelético e baixa estatura podem ser menos evidentes em alguns pacientes.

Analise mais de perto os sistemas afetados pela MPS

A apresentação e a progressão da doença são imprevisíveis, multissistêmicas e variáveis entre as MPS possuem, tornando o diagnóstico desafiador.1

O atraso no diagnóstico é comum, e isso pode ter consequências devastadoras para seus pacientes. A identificação precoce dos sinais e sintomas entre os sistemas pode ser crítica para um diagnóstico precoce e preciso. Familiarize-se com os diferentes sinais e sintomas da MPS que podem surgir na sua clínica.2

Os sinais e sintomas indicativos da MPS incluem o seguinte:

isostose múltipla

Envolvimento articular sem inflamação

A consideração da MPS com base nos padrões suspeitos de sinais e sintomas é a primeira etapa para se chegar a um diagnóstico definitivo de um distúrbio específico da MPS. De importância específica, o reconhecimento da natureza heterogênea da doença de progressão lenta é essencial para reduzir o tempo até o diagnóstico para muitos pacientes.9

Na MPS, mesmo quando o padrão é diferente, os riscos são os mesmos

Reconhecer a MPS de progressão lenta e não clássica é essencial para reduzir o tempo até o diagnóstico8

Na MPS, o fenótipo físico pode dar a falsa ideia de progressão rápida no orgão.8

  • Pacientes com um fenótipo de progressão lenta ou não clássica podem apresentar envolvimento precoce e fatal do órgão.8
  • Reconhecer a MPS de progressão lenta ou não clássica pode possibilitar a intervenção precoce e melhorar os resultados.8

A MPS de progressão lenta ou não clássica deve ser considerada quando os pacientes apresentam qualquer dos seguintes:

  • Displasia esquelética com evidência de envolvimento sistêmico8
  • Displasia espondiloepifisária8
  • Displasia epifisária múltipla8
  • Síndrome de Legg-Calvé-Perthes8
  • Anormalidades articulares sem evidência de inflamação1

Diferenciação da deficiência enzimática e patofisiologia

As causas genéticas e patofisiológicas da MPS são diversas, embora normalmente os sintomas sejam compartilhados

O indicador bioquímico comum de distúrbios das MPSs é o acúmulo de substratos da enzima lisossômica.4,6,23 Atualmente, há 11 deficiências enzimáticas conhecidas por causar a MPS.4,23,24 A patofisiologia de cada subtipo da MPS é específica para

  • Local de produção e degradação dos substratos enzimáticos específicos23,24
  • O grau do paciente individual de atividade residual da enzima4,24
Major-musculoskeletal-manifestations-of-MPS-by-type-of-disorder-01_AMc

A determinação precisa de um distúrbio das MPSs nunca foi tão crítica

O discernimento precoce das deficiências enzimáticas específicas e o diagnóstico definitivo resultante pode levar à intervenção precoce se a terapia de reposição enzimática (TRE) estiver disponível.2,23 Mesmo quando a TRE não estiver disponível, o tratamento específico da doença pode otimizar os resultados dos pacientes.2 Quando houver suspeita de MPS, um painel enzimático abrangente é justificado.1

A detecção de deficiências enzimáticas depende da medição da atividade enzimática em fibroblastos ou leucócitos, que é o método recomendado para confirmar o diagnóstico.25 Uma visão geral abrangente do caminho até o diagnóstico da MPS VI é descrito abaixo.

Paradigma do teste diagnóstico na MPS VI

Suspeita clínica e/ou radiográfica da MPS VI
Discussão do teste com a família

Seleção de uma opção de triagem

  • O teste de DBS pode ser usado na triagem; o padrão ouro atual para o diagnóstico são amostras de leucócitos ou fibroblastos
  • Ensaios multiplex para triagem de múltiplos distúrbios lisossômicos agora encontram-se disponíveis
  • Medição de múltiplas enzimas necessária para descartar múltiplas deficiências enzimáticas e problemas de transporte lisossomal
  • A enzima lisossomal de referência deve ser avaliada ao mesmo tempo para confirmar a integridade da amostra
  • Minimizar os tempos de envio de amostra de sangue; a chegada no dia seguinte é recomendada
  • Quando a atividade da ASB for baixa, uma segunda sulfatase deve ser mensurada para descartar deficiência múltipla de sulfatase

Teste diagnóstico para MPS VI

Medição da atividade de ASB em amostras de leucócitos ou fibroblastos (padrão ouro)
  • Baixa atividade de ASB
  • A enzima lisossômica de referência deve ser avaliada ao mesmo tempo para confirmar a integridade da amostra
  • Quando a atividade de ASB for baixa, uma segunda sulfatase deve ser medida para descartar deficiência múltipla de sulfatase
  • Se usar uma amostra de fibroblasto, uma enzima de referência guiada por manose 6-fosfato deve ser medida para descartar doença de célula I

Opções adicionais de teste

  • Confirmação da baixa atividade da enzima ASB por medição repetida em amostra ou tecido separado

Um algoritmo básico que descreve os testes que podem ser usados para a confirmação do diagnóstico de Morquio A (MPS IVA) é mostrado abaixo.

Algoritmo diagnóstico para Morquio A26

Paineis enzimáticos para testar a baixa atividade entre todas as 11 enzimas estão disponíveis. Essa metodologia pode avaliar rápida e precisamente a atividade enzimática para as principais enzimas entre várias MPS e de armazenamento lisossômico.1,25

Se você suspeitar de MPS e precisa entender como acessar recursos de teste, localize instalações de tratamento, ou encaminhe para tratamento mais especializado, entre em contato BioMarin para mais detalhes.

É uma nova era de tratamento. Mantenha-se informado.

References:  1. Lehman TJA, Miller N, Norquist B, Underhill L, Keutzer J. Diagnosis of the mucopolysaccharidoses. Rheumatology. 2011;50(suppl 5):v41-v48.  2. Hendriksz C. Improved diagnostic procedures in attenuated mucopolysaccharidosis. Br J Hosp Med. 2011;72(2):91-95.  3. Clarke LA, Winchester B, Giugliani R, Tylki-Szymańska A, Amartino H. Biomarkers for the mucopolysaccharidoses: discovery and clinical utility. Mol Genet Metab. 2012;106(4):396-402. doi:10.1016/j.ymgme.2012.05.003.  4. Muenzer J. The mucopolysaccharidoses: a heterogeneous group of disorders with variable pediatric presentations. J Pediatr. 2004;144(suppl 5):S27-S34.  5. Muenzer J. Early initiation of enzyme replacement therapy for the mucopolysaccharidoses. Mol Genet Metab. 2014;111(2):63-72. doi:10.1016/j.ymgme.2013.11.015.  6. Muenzer J, Beck M, Eng CM, et al. Long-term, open-labeled extension study of idursulfase in the treatment of Hunter syndrome. Genet Med. 2011;13(2):95-101. doi:10.1097/GIM.0b013e3181fea459.  7. Valayannopoulos V, Nicely H, Harmatz P, Turbeville S. Mucopolysaccharidosis VI. Orphanet J Rare Dis. 2010;5:5. doi:10.1186/1750-1172-5-5.  8. Lachman RS, Burton BK, Clarke LA, et al. Mucopolysaccharidosis IVA (Morquio A syndrome) and VI (Maroteaux-Lamy syndrome): under-recognized and challenging to diagnose. Skeletal Radiol. 2014;43(3):359-369. doi:10.1007/s00256-013-1797-y.  9. Thümler A, Miebach E, Lampe C, et al. Clinical characteristics of adults with slowly progressing mucopolysaccharidosis VI: a case series. J Inherit Metab Dis. 2012;35(6):1071-1079. doi:10.1007/s10545-012-9474-1.  10. Montaño AM, Tomatsu S, Gottesman GS, Smith M, Orii T. International Morquio A Registry: clinical manifestation and natural course of Morquio A disease. J Inherit Metab Dis. 2007;30(2):165-174. doi:10.1007/s10545-007-0529-7.  11. Kinirons MJ, Nelson J. Dental findings in mucopolysaccharidosis type IV A (Morquio’s disease type A). Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1990;70(2):176-179.  12. Hendriksz CJ, Berger KI, Giugliani R, et al. International guidelines for the management and treatment of Morquio A syndrome. Am J Med Genet Part A. 2014;9999A:1-15. doi:10.1002/ajmg.a.36833.  13. Lachman R, Martin KW, Castro S, Basto MA, Adams A, Teles EL. Radiologic and neuroradiologic findings in the mucopolysaccharidoses. J Pediatr Rehabil Med. 2010;3(2):109-118. doi:10.3233/PRM-2010-0115.  14. Cimaz R, Coppa GV, Koné-Paut I, et al. Joint contractures in the absence of inflammation may indicate mucopolysaccharidosis [hypothesis]. Pediatr Rheumatol Online J. 2009;7:18. doi:10.1186/1546-0096-7-18.  15. Fahnehjelm KT, Ashworth JL, Pitz S, et al. Clinical guidelines for diagnosing and managing ocular manifestations in children with mucopolysaccharidosis. Acta Ophthalmol. 2012;90(7):595-602. doi:10.1111/j.1755-3768.2011.02280.x.  16. Zafeiriou DI, Batzios SP. Brain and spinal MR imaging findings in mucopolysaccharidoses: a review. AJNR Am J Neuroradiol. 2013;34(1):5-13. doi:10.3174/ajnr.A2832.  17. Braunlin EA, Harmatz PR, Scarpa M, et al. Cardiac disease in patients with mucopolysaccharidosis: presentation, diagnosis and management. J Inherit Metab Dis. 2011;34(6):1183-1197. doi:10.1007/s10545-011-9359-8.  18. Braunlin E, Orchard PJ, Whitley CB, Schroeder L, Reed RC, Manivel JC. Unexpected coronary artery findings in mucopolysaccharidosis. Report of four cases and literature review. Cardiovasc Pathol. 2014;23(3):145-151. doi:10.1016/j.carpath.2014.01.001.  19. Mesolella M, Cimmino M, Cantone E, et al. Management of otolaryngological manifestations in mucopolysaccharidoses: our experience. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2013;33(4):267-272.  20. Berger KI, Fagondes SC, Giugliani R, et al. Respiratory and sleep disorders in mucopolysaccharidosis. J Inherit Metab Dis. 2013;36(2):201-210. doi:10.1007/s10545-012-9555-1.  21. Martins AM, Dualibi AP, Norato D, et al. Guidelines for the management of mucopolysaccharidosis type I. J Pediatr. 2009;155(4)(suppl 2):S32-S46. doi:10.1016/j.jpeds.2009.07.005.  22. Quartel A, Hendriksz CJ, Parini R, Graham S, Lin P, Harmatz P. Growth charts for individuals with mucopolysaccharidosis VI (Maroteaux-Lamy Syndrome). JIMD. 2015;18:1-11. doi:10.1007/8904_2014_333.  23. Coutinho MF, Lacerda L, Alves S. Glycosaminoglycan storage disorders: a review. Biochem Res Int. 2012;2012:471325. doi:10.1155/2012/471325.  24. Filocamo M, Morrone A. Lysosomal storage disorders: molecular basis and laboratory testing. Hum Genomics. 2011;5(3):156-169. doi:10.1186/1479-7364-5-3-156.  25. Wood T, Bodamer OA, Burin MG, et al. Expert recommendations for the laboratory diagnosis of MPS VI. Mol Genet Metab. 2012;106(1):73-82. doi:10.1016/j.ymgme.2012.02.005.  26. Data on file. Biomarin Pharmaceutical, Inc.